terça-feira, 5 de outubro de 2010

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Regressar, reaprender, tentar, acreditar...

Eu podia contar pormenorizadamente as conversas que tivemos, as surpresas que ele me fez, a forma como sorrateiramente foi entrando de novo na minha vida, abrindo brechas por entre as minhas certezas e convicções. Porém, há gestos, mensagens, palavras, olhares, que só nós compreendemos, ao quais só nós atribuímos significados, sendo incompreensível a sua importância aos olhos do resto do Mundo. Esses fragmentos de memória ficam para nós. A quem nos quer bem, digo apenas que ele relembrou-me a razão pela qual estivemos juntos e fez-me acreditar que esta ainda existe dentro de nós. Eu quero muito acreditar nisso. Eu não viro costas ao Amor. Por isso, aqui estou eu a tentar ser feliz outra vez. A aprender a ser feliz.


quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Actualização XIII

64. Ir passar uma tarde com a minha irmã. 05.08.10

70. Comprar duas saias. 05.08.10
(devia ter posto na lista que não basta comprar, é preciso usar!! ai, ai!)


(As férias têm sido boas para ir riscando as coisinhas da lista!!)

domingo, 1 de agosto de 2010

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Raiva!

Tenho raiva… tanta raiva!!! Era perfeito, na nossa imperfeição éramos perfeitos. Sentia que estava a viver a minha Vida, sentia que estava num conto de fadas que de repente se foi transformando num drama. Tenho raiva de mim, de ti, de nós, por termos deixado que isto acontecesse. Não merecíamos este final. A nossa estória merecia mais.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Actualização XII

27. Ir ao Jardim Zoológico. 26.07.10


11. Fazer um casting. 26.07.10


 

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Actualização XI

50. Ir ao cinema com a minha mãe. 19.07.10



domingo, 18 de julho de 2010

Das palavras...

O problema das palavras é que estas podem ser perdoadas mas a marca deixada raramente se deixa apagar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

There are times when...

Há alturas em que eu preciso de gostar mais de mim do que do resto do Mundo. Tu incluído.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Actualização X

78. Comprar um portátil novo. 13.07.10


segunda-feira, 12 de julho de 2010

As palavras faltam-me...

Não sei como descrever o vazio que me encheu por dentro, a sensação de falhanço que me inunda, a certeza de estar a perder a viagem da minha vida. Queria continuar, mas estou partida, faltam-me pedaços que me impedem de seguir caminho. A tristeza ensombra o meu olhar e quem observar de perto o meu sorriso verá a falsidade de que ele é feito. As palavras faltam-me...

domingo, 11 de julho de 2010

Actualização IX

38. Acabar de ver a Anatomia de Grey. 11.7.10


quarta-feira, 7 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Actualização VIII

25. Ir ao oftalmologista. 05.07.10


domingo, 20 de junho de 2010

Sr. Aníbal Silva...

... hoje confirmou que, de facto, não é o Presidente de todos os portugueses.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

hoje, perdemos uma parte da nossa lucidez...

"Acho que todos nós devemos repensar o que andamos aqui a fazer. Bom é que nos divirtamos, que vamos à praia, à festa, ao futebol, esta vida são dois dias, quem vier atrás que feche a porta – mas se não nos decidirmos a olhar o mundo gravemente, com olhos severos e avaliadores, o mais certo é termos apenas um dia para viver, o mais certo é deixarmos a porta aberta para um vazio infinito de morte, escuridão e malogro."



José Saramago
“Cada vez mais sós”, in Deste Mundo e do Outro, Ed. Caminho, 7.ª ed., p. 216


P.S. - E não consigo deixar de pensar, quem estará cá para nos fazer pensar, reflectir e alertar para o rumo que a nossa sociedade decrépita insiste em seguir...De repente sinto que ficámos sem consciência, resta-nos a demência constante do quotidiano.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Apetece-me...

"Apetece-me fugir para dentro dos teus olhos.
Apetece-me fugir para o longe que os teus olhos vislumbram.
Como se fosse um sonho, uma viagem de infãncia, iremos os dois.
O tempo que não temos, a terra do nunca.
Nunca dizer que não a um desejo.
A uma vontade.
A um amor.
Nunca dizer não.
Amar-te assim, acima de todas as coisas.
Apetece-me."


Joaquim Paulo Nogueira

terça-feira, 8 de junho de 2010

A minha mãe é uma querida...

… tem em casa pensos higiénicos para quando as filhas têm uma emergência, apesar de já estar na menopausa há vários anos. A verdade é que já por várias vezes eu parei lá o carro por estar numa situação eminentemente embaraçosa. As mães é que sabem!

Ou então….

… o que uma mãe tem que fazer para receber a visita das filhas desnaturadas! :P

domingo, 6 de junho de 2010

Actualização VII

16. Jogar Paintball. 03.06.10

terça-feira, 1 de junho de 2010

No parlamento europeu...

Porque eu gostava que os telejornais do meu país nos mostrassem o que acontece pelo mundo, nos informassem das grandes discussões e decisões que estão a ser debatidas no parlamento europeu. Em vez disso tenho que levar com a casa do Cristiano, a vida do Carlos Queirós e afins...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Só nós dois...

"Só nós dois é que sabemos
O quanto nos queremos bem
Só nós dois é que sabemos
Só nós dois e mais ninguém
Só nós dois avaliamos
Este amor, forte, profundo...
Quando o amor acontece
Não pede licença ao mundo

Anda, abraça-me... beija-me
Encosta o teu peito ao meu
Esquece o que vai na rua
Vem ser meu, eu serei tua
Que falem não nos interessa
O mundo não nos importa
O nosso mundo começa
Cá; dentro da nossa porta.

Só nós dois é que sabemos
O calor dos nossos beijos
Só nós dois é que sofremos
As torturas dos desejos
Vamos viver o presente
Tal-qual a vida nos dá
O que reserva o futuro
Só Deus sabe o que será."

Joaquim Pimentel

domingo, 30 de maio de 2010

Looking up...



Fotografia: Bryan Allen

sábado, 29 de maio de 2010

Da crise...

"Fomos os "alunos exemplares" de Bruxelas: aceitámos a destruição do nosso tecido produtivo com a submissão de quem não foi habituado a expor questões e a enumerar perguntas. Pescas, agricultura, tecelagem, metalurgia, pequenas e médias empresas desapareceram na voragem, em nome da "incorporação" europeia. A lista de cúmplices desta barbaridade é enorme. Andam todos por aí. Guterres trata dos famintos do Terceiro Mundo; Barroso, dos "egocratas" de barriga cheia; os economistas que nos afundaram tratam da vidinha, com desenvolta disposição. Nenhum é responsável do crime; e passam ao lado da insatisfação e da decepção permanentes, como cães por vinha vindimada.

Impuseram-nos modos de viver, crenças (a mais sinistra das quais: a da magnitude do "mercado"), um outro estilo de existência, e o conceito da irredutibilidade do "sistema." Tratam-nos como dados estatísticos, porque o carácter relacional do poder estabelece-se entre quem domina e quem é dominado - ou quem não se importa de o ser."

Baptista-Bastos

Diário de Notícias,
26 de Maio 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Realmente farta...

Estou farta, tão farta! Oiço, escuto, escrevo, registo, e tento não ser a chata que se está constantemente a queixar daquilo em que se foi meter. Penso sempre que pior que isto é impossível, mas consigo ir sempre melhorando, aprimorando o método de me meter em enrascadas. Agora desemerda-te, penso eu sempre que olho para o calendário.

Eu sei que fui eu que escolhi, que fui eu que optei, mas neste momento só me apetece gritar, chorar e esconder-me dentro do armário para apenas sair de lá daqui a um mês.

Sei que é o desespero do momento, a impotência sobre este tempo cujos dias se sucedem a uma rapidez alucinante. Sei que isto vai passar e que daqui a uns tempos volto ao meu auto-controlo. Mas há dias em que o perco e só me apetece mandar esta vida que eu escolhi pela janela fora.

Hoje é o dia.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Das saudades...

Eu queria dizer que tenho saudades. Mesmo muitas. Mas sinto-me tonta porque só passaram três dias e duas noites (como se eu estivesse a contar). Sinto que me falta algo, faltas-me tu. Queria telefonar-te a meio do dia só para dizer as mesmas palavras de sempre, de todos os dias, mas que me dão um quentinho bom no coração. Queria telefonar-te depois do trabalho para saber o que iríamos comer, vamos às sopas ou aos hambúrgueres, fazes o peixe ou eu faço o bife? Queria ouvir-te ralhar com o Ruca pois ele só te obedece a ti, ainda há pouco ralhei-lhe por estar a trepar a estante, ao que ele muito arrogantemente nem se dignou a responder com um olhar. Queria falar contigo, brincar contigo, rir contigo, queria aqueles momentos depois de chegar a casa, trocar de roupa, trocar uns beijos, umas carícias, umas gargalhadas e as conversas entre a cozinha e o quarto. Queria os nossos dias, os nossos momentos… Estou formatada a ti… como dormir sem te ter ao meu lado… dou voltas na cama e tu estás sempre disponível para me acolher… apetece-me encostar o rosto no teu peito, encaixar-me em ti e sentir os teus braços a envolverem-me, mas agora só tenho o vazio, o frio. Gosto de te sentir, oh como gosto de te sentir enquanto adormeço. Até sinto falta de quando ralhas comigo, porque tens razão tantas vezes e sou tão melhor por isso… Quero esses olhos nos meus, esse abraço a rodear-me, esse jeito tão teu, esse toque tão teu, esse beijo, esse sabor, sinto-te a falta, como te sinto a falta… Sou mais feliz contigo, rio-me mais contigo e sem ti sinto-me à deriva, incompleta. E confusa, não faço sentido nenhum.... Que ridículo, voltas só daqui a cinco dias (mas alguém está a contar?) … que tonta, voltas já daqui a cinco dias… Passa num instante… Mas volta depressa, sim?


sábado, 15 de maio de 2010

Os meandros do ciúme...

«Nas coisas do coração, por muito democrática que seja a nossa razão, somos todos totalmente fascistas. Tão insuportavelmente fascistas, de facto, que deveríamos ser todos presos - literalmente, já que o que convém na política não apetece nada no amor. Na política, convém que as pessoas sejam livres. No amor não. (...)

Não se pode confiar em ninguém - mesmo nas pessoas de absoluta confiança. Confiar, não ter ciúmes, significa achar o outro incapaz, indesejável ou incapaz de desejar, indiferente ou incapaz de ser diferente. Faça-se a quem se queira a fineza de achar que mais alguém o há-de querer também. Desconfiar de quem se ama significa dizer, de uma maneira perversa mas verdadeira: "Se calhar estarias melhor com outra pessoa, mas eu, com outra pessoa, estaria sempre pior."»


Excerto de crónica de Miguel Esteves Cardoso, com publicação na revista do i, na edição Nós, Ciumentos

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Manifesto pelo Regresso ao Senso Comum no Ensino

"Un centro de estudio no es un simple lugar de permanencia, sino un lugar de trabajo. Y como no hay calidad sin exigencia, consideramos que la promoción automática debe ser eliminada para evitar que pase de curso quien no haya estudiado ni se haya esforzado. Asimismo creemos necesaria una prueba general externa al final de la ESO y otra al final del bachillerato.

La vuelta a la disciplina en las aulas, para que el derecho de quienes quieren aprender esté siempre por encima del de quienes boicotean la clase, y los derechos del alumno agredido por encima de los del alumno agresor. Para ello, es indispensable el reconocimiento del profesor como autoridad pública, y aceptar sin complejos que el profesor ha de ser quien manda en la clase."

Daqui

terça-feira, 11 de maio de 2010

Hoje passei-me na sala de professores...

Que o Papa pare este país, contribuindo para nos afundar ainda mais neste défice que nos está a deixar de rastos, ainda admito. É mais um que nos lixa. Depois do Constâncio, do Mexia e amigos, mais um não fará grande diferença.

Que viremos a cara ao facto de sermos um país laico e recebermos o Papa com mais pompa e circunstância que qualquer representante do estado ou da religião, ainda aceito. Não somos famosos por sermos coerentes ou por nos mantermos fieis aos nossos princípios.

Agora, que apareçam na sala de Professores com uma camisola a dizer “Eu sou católico e tu?”, já é gozar com a minha cara. Então se eu amanhã entrasse na escola com uma t-shirt a dizer “Alá é Grande!”, o que sucederia?

segunda-feira, 10 de maio de 2010

When I was 16...

Lembro-me das primeiras saídas à noite, da adrenalina a correr rápida em mim, das danças, das músicas, das cumplicidades, das vergonhas, dos complexos, das loucuras, dos beijos roubados, dos crimes imperfeitos, dos segredos para sempre enterrados, da verdade e consequência, do amanhecer, do anoitecer, das desilusões, das ilusões, dos sonhos, das certezas, das interrogações, da sede de viver e crescer.

Parece que já foi há uma eternidade que fui adolescente, uma outra vida, uma transição que se fez tão rapidamente, tão imperceptivelmente, que não dei por ela. Mas a verdade é que quando passo na minha antiga rua e entro na casa, onde vivi 24 anos, já não a sinto minha. Sinto-a parte de uma realidade distante, que relembro já com muitas nuvens e pouca nitidez.

Não tenho saudades. É estranho ouvir e ler toda a gente a afirmar a nostalgia, a saudade com que relembra esses dias. Eu não sinto isso, o que não quer dizer que tenha sido profundamente infeliz. Olho para todas as partes do meu passado e vejo-as como tal, passado. Todas essas vivências contribuíram para a minha vida no presente, no meu agora, tendo sido por isso fundamentais. Cada ferida, cada queda, tiveram um propósito, contribuíram um bocadinho para eu ser quem sou.

Se gostei do que vivi? Claro que sim! Mas não queria voltar a passar por essa fase. Já a vivi agora é tempo de evoluir, de progredir. O que ao contrário do que a maioria pensa não implica ter que me tornar numa velha chata. Corresponde a fazer o que neste momento me dá mais prazer, que já não é o mesmo que aos 16 anos. Porque a mudança é inevitável e resistir é estagnar.

sábado, 1 de maio de 2010

Desistir

Iniciei o estágio cheia de boas intenções com o desejo de fazer a diferença quer nas relações humanas, quer nos recursos pedagógicos e até mesmo na comunidade educativa. Longe de ter sido perfeito, senti que houve momentos em que consegui marcar a diferença e foi isso que me fez continuar.

No ano pós estágio coloquei em prática tudo o que tinha aprendido. Dediquei-me, trabalhei e quando percebi que tinha sido usada, enganada, explorada, senti-me defraudada. Dei o murro na mesa e
fui-me embora.

Ao chegar à escola seguinte, a meio do primeiro período, uma mudança que se fez literalmente de um dia para o outro, estava emocionalmente devastada, esgotada, farta, farta de tudo!! Comecei a deixar-me ir na corrente, sentia-me sem forças, sem motivação...

Já passou um ano e meio e obviamente que durante esse tempo muitos factores pessoais (mestrado, assalto, doenças graves de familiares...) e profissionais (mudança de escolas, nove turmas !!??!!) influenciaram a fraca qualidade do meu trabalho, sobretudo no que respeita à diminuta entrega à escola. Todos esses factores podem justificar cada falhanço. Mas justificam perante os outros porque para mim é injustificável. Conseguiram convencer-me que já não valia a pena.

O feedback dos meus alunos dos primeiros anos diz o contrário.
Esqueci-me de os ouvir.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Actualização VI

10. Fazer a revisão do carro. Abril, 2010


O carro já está como novo, agora é só acelerar por aí fora!

Fonte da imagem: http://veja.abril.com.br/250309/imagens/guia3.gif

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Há falar e falar, há que ouvir e meditar...

Impressionante... pela clareza, verdade e desmistificação de muitas ideias feitas.  
http://educar.wordpress.com/2010/04/29/em-bicos-de-pes-2/

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Comemora-se a liberdade quando...

... quando nos podemos insurgir contra as práticas vigentes, as crenças ditas universais e o constante politicamente correcto, como faz António Barreto, no Diário de Notícias de hoje:

"As modas efémeras, as modas pedagógicas, a inversão de tantas funções… o facto de hoje se dizer em Portugal - e creio que noutros países, não é um facto só português - "o importante são as competências, não é saber." Isto a meu ver é um erro. Há quem diga que é mais importante uma pessoa saber ler o horário do comboio ou a bula do medicamento do que ler Camões ou Platão, isto é outro erro. A democracia cultural e da educação é dar a toda a gente Platão, Aristóteles, Camões, seja o que for. Isso é que é saber. Substituir por competências é um erro. Dizer que na sala de aula são todos iguais, professores e alunos, é outro erro. Dizer que aprender é um prazer e não um trabalho e um esforço é outro erro. Estes princípios - dizer que a sala de aula é um sítio de aprendizagem, não é um sítio de ensino - são outro erro. São estas inversões nos princípios que presidem à educação que a meu ver deram errado. E deram errado, vejam-se os resultados."

domingo, 25 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sou só eu a achar isto estranho?

"Desde 2007 até agora, ingressaram nos quadros das escolas e agrupamentos 396 docentes, apesar de, nesse período, se terem aposentado 14 159 professores."


Diário de Notícias, 13 de Abril 2010

sábado, 10 de abril de 2010

Actualização V

71. Ir a um concerto do David Fonseca. 9.04.10

Foto de Rui M. Leal

Ontem...

A diferença entre um músico e um Artista...


Foto retirada daqui: http://mrkuz.wordpress.com/2008/02/05/david-fonseca-o-verdadeiro-artista/

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Odeio

Odeio o meu corpo quando ele insiste em abrandar a minha mente.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eu...

"Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração.

Não me façam ser quem não sou.

Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente.

Não sei amar pela metade.

Não sei viver de mentira.

Não sei voar de pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre."
Clarice Lispector

domingo, 7 de março de 2010

Actualização IV

44. Ir ao Restelo ver um jogo de futebol. 7.03.10


segunda-feira, 1 de março de 2010

Decidir...

Quando me perguntam a opinião sobre alguma decisão a tomar eu incentivo sempre a seguir a intuição. Pesar os prós e os contras, avaliar a situação mas nunca descurar o que o nosso sexto sentido nos diz. Afirmo reiteradamente que mais vale arrependermo-nos por aquilo que fizemos do que por aquilo que não fizemos...

Mas agora... agora que sou eu que tenho uma decisão a tomar não me consigo decidir. Posso argumentar que é uma decisão para a vida, que é algo que não dá para voltar atrás, não dá para desistir... penso que acima de tudo tenho medo, receio não ser capaz, não conseguir lidar com as diversas situações com que me irei deparar, deixar de ter como pagar as contas e também não ter capacidade de resistir a todo o desgaste que vou sofrer...

Não sou cobarde, mas não quero avançar para provar a mim mesma que nada temo. Quando são os outros é tão fácil mas eu... ai eu... pressinto que ainda vou ficar a cozinhar esta ideia mais uns dias...

Mas há oportunidades que nos escapam pelos dedos das mãos e eu não quero que esta seja uma delas...

E sim... já consultei a minha intuição, mas ela disse-me para voltar mais tarde.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Palavra Vs Acção

As palavras são essenciais. E eu constantemente, emersa nas mesmas, valorizo o dom da palavra, aprecio a frase dita no momento certo, no lugar adequado, no tom apropriado. Porém, também sei que as acções suplantam as palavras. Estas são, por vezes, falsas, vazias, enganadoras, mas as acções, a forma como se age, como se escolhe agir, como se opta por fazer as coisas denunciam as nossas intenções. É assim que se vê a mudança ou a permanência, a vontade de persistir ou a intenção de modificar.

As palavras são necessárias…. mas é a acção que valida, que valoriza, as palavras.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cinco minutos....

Durmo numa cama que tem lençóis polares e uso dois pijamas igualmente polares, o que é praticamente equivalente a dormir numa nuvem fofinha e bem quentinha. Sei que ao ouvir o despertador o mais provável é desligá-lo, enroscar-me na cama e virar-me para o lado e claro… acordar tarde. Demasiado tarde…não para chegar ao trabalho (nessas situações nunca me atraso) mas para fazer o que tenho que fazer.

Assim, ontem à noite resolvi recorrer ao meu despertador pessoal e lá pedi com muito jeitinho que não saísse de casa sem me ver em pé. Acordou-me, muito querido, com muitos beijinhos, festinhas e miminhos, que mesmo assim não me pareciam suficientes para eu abandonar o meu céu com ar climatizado.

Após alguma insistência, levanto-me, sento-me na cama a piscar os olhos na tentativa de acordar os neurónios e pôr-me a mexer. Eis quando oiço a rádio “Bom Dia! São 7 da manhã em Portugal continental e na Madeira e 6 da manhã nos Açores”. O QUÊ??? Acordou-me cinco minutos mais cedo??!! Isso não se faz, a sério que não!! É que cinco minutos é quase uma hora!!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Da Madeira...

Impermeabilizar grande parte da ilha não foi uma ideia feliz, interromper e estrangular o natural curso das águas também não foi um pensamento brilhante. Não é a Natureza que tem que se adaptar a nós, somos nós que temos que nos adaptar à Natureza. Enquanto não o fizermos vamos continuar a ter as nossas casas destruídas, a nossa população morta, ferida ou desaparecida e continuaremos sempre a falar de catástrofe com danos incalculáveis.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Parece-me que...

Parece-me que a maior desilusão dos portugueses nos últimos tempos é o envolvimento do Figo nestas embrulhadas de corrupção.

Dos políticos, deputados, primeiro-ministro, procurador geral, tudo se espera, já nada surpreende. Mas um elevado digníssimo representante da nossa pátria-mãe? Um profissional que tanto fez pelo nosso país, como é possível?


Sim, porque se já não podemos confiar nos jogadores da bola, em quem podemos confiar?

Actualização III

3. Aprender a fazer bolo de chocolate. 19.02.10


Faz-se em oito minutos no micro-ondas... Quem é que está desgraçada, quem é? Quem é que se vai tornar diabética num piscar de olhos? Quem é que tem mais dois pratos iguais a este à espera na cozinha para serem devorados? Lá vou eu ter que fazer o sacrífício de dar cabo deles antes que se estraguem...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

É lixado.

Há dias em que bloqueio. O meu cérebro pára e funciono em piloto automático.
Não falo com ninguém, não faço nada, apenas me arrasto para as minhas obrigatoriedades.
Não sei porquê, não sei para quê e não sei como sair desta letargia.

Hoje foi um desses dias.

É  lixado.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Actualização II

74 - Visitar a Quinta da Regaleira - 14.02.10

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Actualização I

4. Ir uma vez por mês ao teatro. 12.02.10

(Fevereiro)


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Sexta-feira, 9 de Novembro de 2012

Ao ver este post disse para mim mesma que um desafio destes não era para mim. Rapidamente iria ficar frustrada por não conseguir atingir os objectivos a que me propus. Outra parte de mim retorquiu logo que se não concretizasse pelo menos alguns dos mesmos então não estaria a viver, mas sim a sobreviver, porque aquilo que escolheria para cada um dos itens seria sempre aquilo que eu gostaria de fazer. Assim, em jeito de provocação a mim própria elaborei uma lista (e custou tanto fazê-la! nunca pensei.... pelos vistos não há assim tanta coisa que eu queira fazer/ter) sem qualquer ordem de importância ou de prioridade. Veremos como correm os próximos 1001 dias.


As minhas 101 coisas durante os meus 1001 dias:



1. Furar as orelhas.

2. Inscrever-me no ginásio.

3. Aprender a fazer bolo de chocolate.

4. Ir uma vez por mês ao teatro.

5. Juntar-me uma vez por mês com os meus amigos.

6. Participar numa curta-metragem.

7. Ir ao Gerês.

8. Participar num anúncio.

9. Escrever semanalmente.

10. Fazer a revisão do carro.

11. Fazer um casting.

12. Voltar a enviar postais.

13. Fazer workshop de maquilhagem.

14. Organizar todos os documentos das escolas, quer digitais quer as simples folhas de papel.

15. Ir a Monsanto.

16. Jogar Paintball.

17. Jantar uma vez por mês com os meus pais e irmã.

18. Encontrar orientador/a(s) para a tese.

19. Encontrar os filmes perdidos do avô.

20. Pôr o creme hidratante todos os dias.

21. Fazer dois workshops de teatro.

22. Escrever uma peça de teatro.

23. Fazer a compilação numa só agenda de todos os aniversários que me interessam.

24. Elaborar o dossier de turma personalizado para usar nos próximos anos.

25. Ir ao oftalmologista.

26. Visitar uma gruta com estalactites e estalagmites.

27. Ir ao Jardim Zoológico.

28. Fazer dois workshops de escrita.

29. Acabar de ver o Lost.

30. Elaborar o projecto de tese.

31. Compilar as moradas de todos os amigos e família.

32. Ir a Londres.

33. Pôr luz nas varandas.

34. Fazer a minha festa de anos.

35. Ir ao museu do teatro.

36. Fazer um jantar de fondue.

37. Iniciar e terminar a minha tese. .

38. Acabar de ver a Anatomia de Grey.

39. Visitar Lisboa.

40. Levar o carro à inspecção.

41. Manter o carro relativamente limpo.

42. Ir jogar bowling.

43. Encontrar um relógio para mim.

44. Ir ao Restelo ver um jogo de futebol.

45. Pôr os meus assuntos financeiros em ordem.

46. Colocar a moldura com as nossas fotografias na parede da sala.

47. Fazer A surpresa.

48. Ir ao Festival do Chocolate em Óbidos.

49. Fazer um piquenique.

50. Ir ao cinema com a minha mãe.

51. Ir a um concerto do Sérgio Godinho.

52. Comprar um chapéu-de-chuva.

53. Ir ao Oceanário.

54. Nunca dormir menos de 7 horas por noite.

55. Fazer todas as refeições do dia.

56. Ir a Alvalade ver um jogo de futebol (também conhecido como “o massacre”).

57. Poupar no mínimo 100€ por mês.

58. Visitar o Festival de Banda Desenhada na Amadora.

59. Ir à Feira Internacional de Artesanato.

60. Ter mais calma.

61. Levar-lhe flores pelo menos uma vez por mês.

62. Comprar três vestidos.

63. Ir a um concerto do Paulo de Carvalho.

64. Ir passar uma tarde com a minha irmã.

65. Ir à feira da ladra.

66. Passear no Parque das Nações.

67. Descobrir o meu perfume.

68. Ir visitar a Di à casa nova.

69. **********

70. Comprar duas saias.

71. Ir a um concerto do David Fonseca.

72. Levar a minha mãe ao Jardim Buda.

73. Escolher o quadro que falta para a sala.

74. Visitar a Quinta da Regaleira.

75. Comprar o móvel para a casa de banho.

76. Ouvir mais e falar menos.

77. Andar de eléctrico por Lisboa.

78. Comprar um portátil novo.

79. Frequentar o ginásio duas vezes por semana.

80. Não deixar para amanhã o que posso fazer hoje.

81. Doar a roupa que já não uso e que está espalhada por três casas.

82. Montar o mega aquário na sala de jantar.

83. Passar uma noite num Motel.

84. Ler três livros dos quais goste verdadeiramente.



(…)



101. Fazer uma lista nova daqui a 1001 dias.



Nota: Sim, eu sei que não cheguei às 101…mas penso que estas já me vão deixar bastante ocupada durante os próximos 1001 dias... e se me lembrar de mais alguma estou sempre a tempo...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Dúvidas de pessoas importantes :P

Após a peça, várias meninas andaram munidas de papéis a pedirem autógrafos dos "actores". Quando me deram uma caneta para mão, levantei-a, preparei-me para começar a escrever e pensei: "Mas o que é que se escreve num autógrafo? O que é suposto eu escrever?"

Eu nunca pedi um autógrafo a ninguém, não fazia ideia!!! Lá mandei beijinhos para a Madalena, Maria, Catarina, Inês e amigas, assinei com o nome do meu personagem, pus a data e entreguei a folha com um sorriso.

Mas devo ter errado!! Como é que se assina um autógrafo? Alguma ideia?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Para mim, foi perfeito...

A estreia já foi. E correu bem… muito bem!! Casa cheia, como sempre e como nós gostamos que seja…


Tivemos tantos contratempos que diversas vezes duvidei que fossemos mesmo capazes. Com tanto sob a nossa responsabilidade, dependente do nosso trabalho, com as vidas cheias que temos fora do teatro, eu duvidei… duvidei mas não baixei os braços. Nem eu nem as restantes pessoas. Acima de tudo foi uma construção de uma equipa, de um grupo e toda a dificuldade implícita na gestão de tanta heterogeneidade de personalidades, disponibilidades e talentos.

Pensar que todos nós, após um dia de trabalho ou após uma semana de trabalho, prescindimos da nossa vida para os ensaios, para a manufactura (aquilo é que foi um verdadeiro trabalho manual!) dos cenários, para as compras…

Já tentei várias vezes explicar a razão porque continuo embrenhada nestes projectos apesar de todo o trabalho que implica, apesar de todos os condicionamentos que me impõe e apesar de todos os dias em que actuo acordar a pensar “mas porque é que eu me meti nisto?”. Não sei dizer se é pelo convívio, pelas risotas, pelas brincadeiras, pelas deixas que todos nós já apanhamos automaticamente, se pelo sentimento indescritível de estar em palco, se pela cumplicidade que se cria em cima do palco através da qual eu aprendi a ler olhares, não sei o porquê. Mas a verdade é que apesar de tudo eu deixo o teatro mais leve e com um grande sorriso nos lábios.

Estreámos há duas semanas. Sim, houve falhas, sim cometemos erros. Mas agora à distância, para mim foi perfeito.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Estreia

A sensação de estar em cima do palco…. Adoro, faz-me sentir leve, livre… por alguns momentos tudo desaparece, dispo a minha pele e transfiguro-me.

No próximo fim-de-semana estreamos. Apareçam, lá estarei… muito amedrontada, muito cansada, mas com uma vontade enorme de levantar voo outra vez. Venham voar comigo!! :D






sábado, 23 de janeiro de 2010

Frágil

Não sei se é pelos documentos perdidos na lista de espera para serem refeitos, se é pela estreia da peça no próximo fim de semana (ai tanto por fazer, tanto por decorar e ai que somos tão poucos com tão pouco tempo!), se é por continuar a ver vultos nas esquinas da rua, se é por ter dificuldade a adormecer… apetecia-me esconder-me algures e ficar muito quietinha até isto passar, porque eu não sou assim, sinto-me frágil e eu não quero sentir-me assim.


"Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
E não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil

Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar de mais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Eu sinto-me frágil

Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil

Está a saber-me mal
Este whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou-me a sentir out
Frágil
Eu sinto-me frágil

Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Eu sinto-me frágil"
Jorge Palma

domingo, 17 de janeiro de 2010

There it goes....my precious...

Fui assaltada. Num ápice perdi a sensação de falsa segurança que sempre tive. Cometi um erro, entrei no carro e não o tranquei. Ele entrou pelo carro adentro pegou na minha pasta e zarpou.

O senhor polícia diz que ele deve ter pensado que a pasta tinha o meu portátil. Mas não tinha, lá apenas existia o livro de geografia de sétimo ano, trabalhos dos alunos e o meu objecto mais precioso. O meu disco externo. Tinha lá tudo.

E backup perguntam vocês? Sim, de algumas coisas sim. Mas não de tudo. Agora não há muito a fazer para além de seguir caminho, tentar reunir o que se perdeu, tentar viver sem que o que se perdeu.

Mas o mais complicado é mesmo voltar a sair à rua e conseguir fechar os olhos. Na primeira noite não consegui dormir. Na segunda noite já consegui, mas tive pesadelos. Já voltei a sentar-me no carro. Mas não é a mesma coisa. O medo, a insegurança, o pânico percorrem-me sempre que vejo alguém a aproximar-se. Logo eu que nunca fui de medos ou histerias.
Sim, eu sei que tive muita sorte. Eu sei que facilmente me poderia ter encostado uma arma e ter-me feito aquilo que bem quisesse. Tive sorte dentro do azar, este pensamento tão tipicamente português. Eu sei que sim. Mas na verdade não consigo deixar de lamentar o meu descuido, o meu erro e pensar que dava tanto para ter aquele disco de volta. Trocava a mala, que ficou esquecida ao lado, pela pasta. Sem hesitar.

Agora vivo com medo e eu não gosto de viver assim. Mesmo nada.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Status: Busy ,very busy

Sim, neste momento estou demasiadamente ocupada. É o mestrado, com os exames e trabalhos intermináveis, são os ensaios porque a estreia é já daqui a duas semanas (PÂNICO!!!), é o trabalho que não se compadece com atrasos e sei que neste momento há pessoas que estão a ficar para trás. Os meus amigos e a minha família, como sempre os sacrificados de todas estas “coisas” em que me meto.

Neste momento, a gosto, apenas prescindiria do mestrado porque, por diversas razões, não me está a dar o prazer que eu julguei que teria ao realizá-lo (tema para outro post certamente). Penso que sem o mestrado teria muito mais tempo, mas ele tem que ser feito agora portanto essa escolha na realidade não existe.

Se eu podia viver sem tudo isto? Podia, mas não era a mesma coisa e acima de tudo não seria eu.