quinta-feira, 26 de junho de 2008

Crescendo...

Quando era mais nova era insuportável. Aliás se hoje me conhecesse com menos uns anos ia detestar-me. Miúda enervante!

Tinha todas as certezas, sobre tudo!

Eu é que sabia como é que as coisas deveriam ser, o que é que se deveria dizer, o que é que se deveria fazer, em que ordem de tempo, de espaço… Primeiro isto, depois aquilo…

EU??? Nunca faria isto e nunca faria aquilo. Nunca me enganava e raramente tinha dúvidas.

O meu Mundo era a preto e branco. Havia bons e maus.

Entretanto…

Descobri que o mundo é cinzento.

As pessoas por vezes são boas.

As mesmas pessoas outras vezes são más.

Não podemos impedir tudo o que é errado.

Não podemos fazer tudo o que é certo.

Aprendi a ser humilde e tentar (é para sublinhar a palavra TENTAR) não julgar os outros antecipadamente.

Sinto-me a aprender a ser uma pessoa crescida, a lidar com todo este mundo e todas estas implicações de ser eu A responsável pela minha história.

Porém, o que me angustia, para além da minha estupidez juvenil, é pensar no que poderei estar eu a fazer neste momento que levará o meu “eu” de daqui a 10 anos ter vontade de me dar um par de estalos.

domingo, 1 de junho de 2008

Não há duas sem três

Tento reprimir, pensar que não necessito, que consigo gerir as ideias, os pensamentos, as histórias, dentro de mim.
Convenço-me que as consigo manter e reter.

Descubro que não consigo, que as letras apressam-se a formar palavras que contam tanto… de mim, dos outros e do mundo que me rodeia.
Pedem-me que as deixe sair, que as partilhe para assim ganharem corpo e alma.
E eu, como sou simpática faço-lhes a vontade.