segunda-feira, 30 de novembro de 2009

durante o "até para a semana"

"(...)

- Queres mandar algum recado para alguém? Para a A. ou para a J.?

- .... gosto muito de ti.

- ... eu também gosto muito de ti avô. "

sábado, 28 de novembro de 2009

Gosto assim...

Sei que sou feliz quando, apesar de tudo, não quero que o tempo passe depressa para chegar a outra época da minha vida.

Saboreio intensamente cada dia e só quero mais, mais e mais...

É tudo imperfeitamente perfeito.

E gosto assim.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Um disparate

Não ligo muito a fazer anos. É mais um dia igual aos outros. Não me sinto nem mais velha nem mais nova. Penso sempre em fazer festa e reunir os amigos mas quando se aproxima a data perco a vontade…

No entanto, este ano senti uma diferença. Uma questão que é um absoluto disparate. Ao virar os 25 e passar para os 26 senti que estava próxima dos trinta. Mais dos trinta do que dos vinte. E se os vinte sempre foram apetecíveis e desejáveis já os trinta são uma incógnita.

Mais uma vez a minha identidade se transforma e começo a deixar de ser a “menina” para ser a “senhora”, apesar de me sentir muito mais menina que senhora, o que é o oposto da forma como os outros me vêem.

Sei que é um disparate, sei que nada disto importa, mas senti-me assim e não consegui ignorar.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

o nome

E de repente, sem aviso, abres os olhos e eu vejo-os, finalmente, a brilhar em sinal de reconhecimento. Com uma voz rouca, esforçada, murmuras o meu nome, o nosso nome, aquele que é só teu e meu. E sei. Sei que algo de ti ainda está cá e é isso que me enche de esperança. Porque não sou capaz de desistir de ti, quero-te cá.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Se te pedirem...

"Se te pedirem, amor, se te pedirem
que contes a velha história
da nau que partiu
e se perdeu,
não contes, amor, não contes
que o mar és tu
e a nau sou eu. "

Fernando Namora

domingo, 8 de novembro de 2009

Perdi-me...

Naquele dia, à beira mar, quando parámos na falésia não ecoou mais nenhum som para além do mar a bater nas rochas e a voz do Fausto embalando-nos.

Naquele dia, quando os meus olhos pararam nos teus, não sei quantos minutos passaram, quantas horas voaram, só sei que o meu Mundo parou.

Naquele dia, durante aquele tempo apenas olhei para os teus olhos, senti-me entrar em ti e senti-te entrar em mim.

Naquele dia, perdi-me em ti.

Hoje sei que me perdi e que não quero ser encontrada.

sábado, 7 de novembro de 2009

Gap Generation

...é quando estou a voltar do mestrado numa sexta feira à noite, são 21.33, e caminho na passadeira rolante percorrendo o trajecto do metro até ao comboio. Na direcção oposta passa um grupo todo janota e bem cheiroso palrando alegremente sobre o que irão fazer nessa noite. Obviamente que a "coisa" mete alcóol q.b. e a visita a vários bares e discotecas. Oiço e não sinto qualquer tipo de impulso em os seguir, os meus planos, bem mais modestos, consistem em vestir os meus dois pijamas (que o frio já aperta) colocar a manta por cima de mim, ver o terceiro episódio da sexta série do Dr. House e depois arrastar-me para o vale dos lençóis. Será que estou a ficar velha? Ou apenas cansada?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Aguardo-te

Tiras-me do sério. A sério que sim! Consegue fazer os comentários mais enervantes do Mundo. Inúmeras são as vezes em que respiro fundo para não explodir, iguais a tantas outras em que expludo e sai tudo cá para fora.

Falaste comigo sempre de igual para igual, ao longo do meu crescimento foste conversando sobre valores incutindo-me tanto do que sou hoje, sem eu sequer me aperceber de que o fazias. Desejavas que eu te acompanhasse sempre, ensinando-me tanto e semeando o desejo de querer saber mais, mais e mais. Em todas as épocas da minha vida tu estiveste presente, as minhas memórias estão repletas de ti, de nós.

Não gostaste muito que eu tivesse crescido, que deixasse de precisar de ti, que já não partilhasse contigo tudo o que ia dentro de mim. Não gostaste que eu tivesse tomado caminhos diferentes dos que desejavas. Porém, sinto que já os aceitaste.

És injusto, teimoso e chato. Ui tão chato que tu és! Sim, eu sei, ninguém é perfeito. Também já aprendi a aceitá-lo. Podias ter sido um melhor marido, podias tê-la tratado melhor durante esses cinquenta e poucos anos. Perdoo-te tudo excepto isso.

Apesar de tudo não consigo deixar de te amar. Olhar para ti e sentir que eu sou um bocadinho de ti, que eu sou o que sou por ti. Não conseguir jamais colocar por palavras este tão grande sentimento. Não é por agora ameaçares partir que eu descubro o quanto te amo, sempre o soube, mas agora, quando vivo num mundo no qual não estás à distância de um telefonema penso que não posso viver assim para sempre. Preciso que me continues a irritar, preciso que continues a tirar-me do sério…porque tu és assim e eu gosto de ti assim. O meu Mundo só o é com a tua presença. Não é possível, é absolutamente inconcebível que tu deixes mais um lugar vazio. Portanto, abre os olhos e conta-me a história do coitadinho… mais uma vez. Aguardo-te.