Não sei se é pelos documentos perdidos na lista de espera para serem refeitos, se é pela estreia da peça no próximo fim de semana (ai tanto por fazer, tanto por decorar e ai que somos tão poucos com tão pouco tempo!), se é por continuar a ver vultos nas esquinas da rua, se é por ter dificuldade a adormecer… apetecia-me esconder-me algures e ficar muito quietinha até isto passar, porque eu não sou assim, sinto-me frágil e eu não quero sentir-me assim.
"Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
E não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil
Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar de mais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Eu sinto-me frágil
Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil
Está a saber-me mal
Este whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou-me a sentir out
Frágil
Eu sinto-me frágil
Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Eu sinto-me frágil"
Jorge Palma
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