sábado, 1 de maio de 2010

Desistir

Iniciei o estágio cheia de boas intenções com o desejo de fazer a diferença quer nas relações humanas, quer nos recursos pedagógicos e até mesmo na comunidade educativa. Longe de ter sido perfeito, senti que houve momentos em que consegui marcar a diferença e foi isso que me fez continuar.

No ano pós estágio coloquei em prática tudo o que tinha aprendido. Dediquei-me, trabalhei e quando percebi que tinha sido usada, enganada, explorada, senti-me defraudada. Dei o murro na mesa e
fui-me embora.

Ao chegar à escola seguinte, a meio do primeiro período, uma mudança que se fez literalmente de um dia para o outro, estava emocionalmente devastada, esgotada, farta, farta de tudo!! Comecei a deixar-me ir na corrente, sentia-me sem forças, sem motivação...

Já passou um ano e meio e obviamente que durante esse tempo muitos factores pessoais (mestrado, assalto, doenças graves de familiares...) e profissionais (mudança de escolas, nove turmas !!??!!) influenciaram a fraca qualidade do meu trabalho, sobretudo no que respeita à diminuta entrega à escola. Todos esses factores podem justificar cada falhanço. Mas justificam perante os outros porque para mim é injustificável. Conseguiram convencer-me que já não valia a pena.

O feedback dos meus alunos dos primeiros anos diz o contrário.
Esqueci-me de os ouvir.

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