quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Para mim, foi perfeito...

A estreia já foi. E correu bem… muito bem!! Casa cheia, como sempre e como nós gostamos que seja…


Tivemos tantos contratempos que diversas vezes duvidei que fossemos mesmo capazes. Com tanto sob a nossa responsabilidade, dependente do nosso trabalho, com as vidas cheias que temos fora do teatro, eu duvidei… duvidei mas não baixei os braços. Nem eu nem as restantes pessoas. Acima de tudo foi uma construção de uma equipa, de um grupo e toda a dificuldade implícita na gestão de tanta heterogeneidade de personalidades, disponibilidades e talentos.

Pensar que todos nós, após um dia de trabalho ou após uma semana de trabalho, prescindimos da nossa vida para os ensaios, para a manufactura (aquilo é que foi um verdadeiro trabalho manual!) dos cenários, para as compras…

Já tentei várias vezes explicar a razão porque continuo embrenhada nestes projectos apesar de todo o trabalho que implica, apesar de todos os condicionamentos que me impõe e apesar de todos os dias em que actuo acordar a pensar “mas porque é que eu me meti nisto?”. Não sei dizer se é pelo convívio, pelas risotas, pelas brincadeiras, pelas deixas que todos nós já apanhamos automaticamente, se pelo sentimento indescritível de estar em palco, se pela cumplicidade que se cria em cima do palco através da qual eu aprendi a ler olhares, não sei o porquê. Mas a verdade é que apesar de tudo eu deixo o teatro mais leve e com um grande sorriso nos lábios.

Estreámos há duas semanas. Sim, houve falhas, sim cometemos erros. Mas agora à distância, para mim foi perfeito.

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